É chuva em pedra
É Deus desaguando
Minha alma mais tranquila
Minha pele mais fria
Quem plantou irá colher
o pão nosso de cada dia.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
INVASÃO DE PRIVACIDADE
Eu cheguei sem pedir licença
e invadi o seu coração
É que o poeta é um atrevido,
nunca pedi licença não
Mas não peço perdão da atrevidão
Eu não te invadi com um canhão
Eu bati sem dor, foi mais para flor
para não machucar a sua pulsação
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Depois que as cidades tomam ares de princesa
Eu debruço os olhos nas cidades,
Lixo para qualquer parte.
Ai, que voa de um carro!
Um coco quase na minha cabeça.
Eu passeio a língua nas cidades
gritando sossega língua!
Ela se faz solta, louca,
querendo romper o silêncio,
precisando de gritar verdades
Os lábios ajudam, a boca comparece.
A gente não tá vendo o que merece,
nem rezando, nem votando, nem comprando.
As cidades se agonizam enquanto crescem,
um parece que ninguém se mexe
para garantir que alguém não se avexe.
No fim do dia meus olhos se voltam tristes para mim:
fumaça, tóxica, lágrimas, ardores e deteriorações.
Na noite a língua se decompõe do excesso dos venenos,
paladar amargo dos verbos rasgados sem recomposições.
Do luxo ao lixo podre escancarado
pelo tácito, permitido inadequado
amanhece língua com o olhar arregalado.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Iniciação feminina
Afloração
Olha que já te brotou peitinhos
Olha você vai acontecer
A vida te fez uma faxina
Qualquer que seja a sina
Afina com os teus pentelhos
Ficar zen, ficar prenhe
Virando cabeças em seus portfólios
Pernas, ermas, abertas
Voando braços, asas-delta
Na plataforma para o estrondo
Do peitinho dos meninos
Dos rojões dos falos, que falo
O que falo
Pôs-se salto alto
Tem-se na retina
A rotina retilínea
Da era dos amassos
Da vida após cabaços
Olha o que já te brotou
Olha que já te brotou peitinhos
Olha você vai acontecer
A vida te fez uma faxina
Qualquer que seja a sina
Afina com os teus pentelhos
Ficar zen, ficar prenhe
Virando cabeças em seus portfólios
Pernas, ermas, abertas
Voando braços, asas-delta
Na plataforma para o estrondo
Do peitinho dos meninos
Dos rojões dos falos, que falo
O que falo
Pôs-se salto alto
Tem-se na retina
A rotina retilínea
Da era dos amassos
Da vida após cabaços
Olha o que já te brotou
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Amores Irrestritos
O nosso quarto se transforma em estúdio
possuímos em nós mesmos
todos os elementos de provocação
Ele ajeita dentro da sua cueca
o elemento da minha ignição
Eu agito dentro dentro da minha calcinha
a senha da nossa conjugação
Nossa alcova virou set de cinema
Tudo se permite já que a gente se admite
à nossa luz desencadeia uma penumbra
nossas paredes filmam o nu que se vislumbra
santificada seja nossa satã pornografia
bendito seja o prazer que se anuncia
Oh yes!, oh yes! privê sem bilheteria
Esta é a letra da canção com a qual eu pedi Rodrigo para se casar comigo.
Canção para Rodrigo
Meu amor que emoção
De eu cantar prá você
Eu sou seu réu confesso
Eu nada te peço
Você têm tudo prá mim
Meu amor resolvi
Te fazer um carinho
Eu te amo inteirinho
Você é do meu jeitinho
Você se encaixa em mim
E assim encaixadinho
No nosso jeitinho concha
A gente canta prá você
Que te ama, ama, ama, ama
Por todo o além da nossa cama
Contigo tudo vira calma
O que me causa paz na alma.
Meu amor que emoção
De eu cantar prá você
Eu sou seu réu confesso
Eu nada te peço
Você têm tudo prá mim
Meu amor resolvi
Te fazer um carinho
Eu te amo inteirinho
Você é do meu jeitinho
Você se encaixa em mim
E assim encaixadinho
No nosso jeitinho concha
A gente canta prá você
Que te ama, ama, ama, ama
Por todo o além da nossa cama
Contigo tudo vira calma
O que me causa paz na alma.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Mata o "home" e come
Moço,
Pare de dizer por ai que me come,
Mania que homem tem
De gozar só contando para os amigos
Moço,
Equivoco pleno seu, meu!
Sou eu quem traz entre as pernas
Uma gruta plena em lábios.
Naturalmente sou serpente
Teço silenciosamente meu laço
Na saia eu guardo sua tocaia
Te almoço, te janto, sou sua emboscada
Com forte chave de pernas você vira nada
E nem preciso gritar isso para ninguém
Eu te deixo impregnado com um aroma
Te cravo unhas, te fabrico um hematoma
Minha alma feminina derrama batom no seu colarinho
Idolatrada a minha galinha que te prende em meu ninho
Moço,
Maravilhosamente gostoso o éter do seu falo
Quando temos fome não é você quem me consome
Sou eu quem te desarma, te devoro
Pare de alardear para os quatro cantos que me come!
Porque quando é comigo é em mim que você some.
Para Rógeres, Gildete, Ana e Sandra
Alho e Óleo
Eu quero ter uma casinha...
Eu quero ter uma casinha...
Chegar à tardinha,
Fazer qualquer coisa
Ou ficar ocioso.
E à noitinha
Fazer um talharim prá você,
Alho e Óleo...
Eu quero ter uma casinha...
Eu quero ter uma casinha...
Chegar à tardinha,
Fazer qualquer coisa
Ou ficar ocioso.
E à noitinha
Fazer um talharim prá você,
Alho e Óleo...
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Céu limpo
Céu limpo
Do modo que subitamente
respinga no meu corpo
uma gota, uma fria, uma água
também penetra em minha
carne uma ponta
uma faca
num zás a cicatriz
Do mesmo modo que me agride
o prazer e a dor também me atingem
e desse modo as nossas vidas
são tingidas de surpresas
Coisas que se direcionam contra o nosso corpo
que se desdobram em emoções, impetuosidades e medos,
gota à gota, ou penetrante
a gente o tempo inteiro em todo instante.
Do modo que subitamente
respinga no meu corpo
uma gota, uma fria, uma água
também penetra em minha
carne uma ponta
uma faca
num zás a cicatriz
Do mesmo modo que me agride
o prazer e a dor também me atingem
e desse modo as nossas vidas
são tingidas de surpresas
Coisas que se direcionam contra o nosso corpo
que se desdobram em emoções, impetuosidades e medos,
gota à gota, ou penetrante
a gente o tempo inteiro em todo instante.
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Para todos os bofes do Brasil
PAU-BRASIL
O tesão
virou orgasmo
em ordem simultânea
desconexão geral
apagão
manchas no colchão
18 anos de idade
18 centímetros
poucas palavras
dócil, servil
trabalhador braçal da construção civil
por quem se manda o
mundo inteiro à puta que pariu
Em louvou ao homem do pau-Brasil
O tesão
virou orgasmo
em ordem simultânea
desconexão geral
apagão
manchas no colchão
18 anos de idade
18 centímetros
poucas palavras
dócil, servil
trabalhador braçal da construção civil
por quem se manda o
mundo inteiro à puta que pariu
Em louvou ao homem do pau-Brasil
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Não fundamental
As verdades absolutas eu refuto
como já dito em som poeta
toda unanimidade é burra!
água em pedra dura, vá lá!
tanto bate até que fura,
mas em meio a ventos e tempestades
o dito pelo dito
só entoa ser ruim ou boa
a fama da natureza humana
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
PARE. ELA ESTÁ PASSANDO!
Vulcão feminino
Mulher é mesmo vermelha
em todos os lábios
em toda a chama
que seu corpo cria
Mulher é mesmo vermelha
e tem a sina do sangue
e ninguém decifra
seus trunfos de sabedoria
Mulher é dona da cria
com o homem procria
e o mundo arrebata
mulher nada define
tem sempre algo que escapa
se não morre, mata
Mulher é mesmo vermelha
em todos os lábios
em toda a chama
que seu corpo cria
Mulher é mesmo vermelha
e tem a sina do sangue
e ninguém decifra
seus trunfos de sabedoria
Mulher é dona da cria
com o homem procria
e o mundo arrebata
mulher nada define
tem sempre algo que escapa
se não morre, mata
UMA MULHER
UMA MULHER
Ela traz na pele
a sensação mais forte
e vive assim erotizada
uma mulher fechada
no seu desejo reprimido
Ela traz na pele
onde tudo é armadilha
uma vontade de delírio
um choro, um brejo
aquela coisa clitoriana
Ela traz na pele
uma obsessão, uma tara
e isso lhe arranha o seio
aquela culpa do desejo
que também tem toda mulher
Ela traz na pele
a sensação mais forte
e vive assim erotizada
uma mulher fechada
no seu desejo reprimido
Ela traz na pele
onde tudo é armadilha
uma vontade de delírio
um choro, um brejo
aquela coisa clitoriana
Ela traz na pele
uma obsessão, uma tara
e isso lhe arranha o seio
aquela culpa do desejo
que também tem toda mulher
Prenda
Vulva...
Vulva...
que os homens aprendem gostar
e mulheres aprendem servir
aí, unir...
unir... unir!
Seu cheiro espalha pelo ar
e as narinas vibram um sentir
travar a magia dos deuses
aí, unir...
unir... unir...
todo segredo
toda a sabedoria
tece-te tua caixa de mistérios
o místico, o carnal
Vulva...
Vulva...
que aos homens ensina tudo
do primeiro choro ao gemer!
PARA TODAS AS MULHERES DO MUNDO
Um viva para todas as mulheres do mundo!
às guerreiras, às febris, às donzelas, às putas, às certinhas, às levianas, às impiedosas, às justiceiras, às parideiras, às carpideiras, às venais, às sábias, às mais burrinhas, às negras, às purpurinas, às velhas, às meninas, às sonsas, às espertas, às intelectuais feias, às sereias, às leves, às mais fofinhas, às gordonas, às gordinhas, às magricelas, às tanajuras, às aranhas, às ao estilo estilo fruta, às concubinas, às patricinhas, às peguetes, às periguetes, ás sóbrias, às cachacentas, às mulatas, às brasileiras, às primeiras, às de agora, às de sempre...
às marias, às macumbeiras
às céticas, às rezadeiras
porque o mundo se constrói
desde as cavernas
no santificado descruzar de pernas.
às guerreiras, às febris, às donzelas, às putas, às certinhas, às levianas, às impiedosas, às justiceiras, às parideiras, às carpideiras, às venais, às sábias, às mais burrinhas, às negras, às purpurinas, às velhas, às meninas, às sonsas, às espertas, às intelectuais feias, às sereias, às leves, às mais fofinhas, às gordonas, às gordinhas, às magricelas, às tanajuras, às aranhas, às ao estilo estilo fruta, às concubinas, às patricinhas, às peguetes, às periguetes, ás sóbrias, às cachacentas, às mulatas, às brasileiras, às primeiras, às de agora, às de sempre...
às marias, às macumbeiras
às céticas, às rezadeiras
porque o mundo se constrói
desde as cavernas
no santificado descruzar de pernas.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Leitura de Cássio Ramos
Entreguei a minha mão
para um destino qualquer,
pelo que me disse alguém
certa noite.
leitura de riscos
em linhas sinuosas,
tão sulcada
a palma da minha mão
um carro vermelho e
um homem louro,
e riscos, nas faixas, e
muitas estradas.
Nenhuma paixão
à mão mal acabada
É acidente!
Ou não é nada?
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
louvor
Desde que plantei rosas
Para Santa Terezinha
Em minha casa não para de ter flores
Já nem peço mais nada prá Santa
agora somente agradeço
as rosas que posso colher
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Batimento Cardíaco
Meu coração se fragmentou em degraus
e é o meu amor quem vem subindo pelas escadas...
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