sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Meu verão


Aqui tudo chove
e chove, e chove, e chove
já amoleceu meu bronquite
chuva que não tem limite

e abranda meu coração
São Paulo das águas
refresco pra poluição
e mimo para a cantareira
matar sede, esperança verde

não fosse a insensatez do homem
não haveriam vítimas
somente deslisamento
capitalismo de dores
que contrapõe o firmamento
assim se explica o lamento

não porquê chove
enquanto chove, chove, chove
melhor molhado
meu pensamento
que virá o sol em boa hora
Para sempre assim
Louvado Deus, Nossa Senhora

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