quarta-feira, 30 de novembro de 2016

fetiche



me apaixonei por Ana desde cedo
assim que revelei seu segredo
não foi a boca, não foram os seios
nem os pés, nem ancas
nem foi vê-la sem canga
nem também ter ao vento
seu baile dos longos cabelos
não foi vulva, nem nádegas
nem suas pisadas na areia

ôh Aninha, descobri meu paraíso
na extensão do teu umbigo
tão  redondo, raso e silencioso
a conta da ponta de minha língua
que se rente a minha orelha
traz o barulho do mar
igual as ondas de amores
além de tudo limpinho e perfumado
portal para minha alegria

coisa que ninguém desconfia 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente