Dengo

Vulnerabilidade

Descobri seu
ponto fraco.
Minha mão
no seu saco!

Peso líquido

toda nudez será bem tratada

passada a limpo

alvejada

Louvado

Desnudo a rubro
Que com o meu amor eu desencubro

Lote vago

Am!, am! am!, avexa
Avexa, avexa, aveexa
Di, am!, ler am! ma ,am!, no
Vai que vem, Ammm!!!
gente, aaquiiiii!

Calma, calma, calma
Marizete! nininha
Caalma
Maaarizete
Vem gente não!

Am!, am!, am!, avexa
Avexa Dileeermano
Se a gente tá aqui
É que vem gente!

Calmaaaaa,  (Metazire) Marizetee!
Aaavexa,  (dmirleano) Di ler maa no
Anhe!, Anhe, te amo. Marizete, Annhheee!
vexaChegueiiiiiiiiii, dilermaaaaaano, mãaaaaaae!

Escalando paredes

Você sossega em mim o seu demônio

E o meu inferno não me deixa em paz

Suavizai

Suai

Usai

Anda, anda,

remonta

Deixa eu bater em Luanda

Língua

Na minha íngua inflame

Gosto do seu saco batendo em minha porta

Sabor de  gruda graúda na minha Gruta

Ai que na próxima encarnação nascerei manga

Amadurecerei pra ser chupada antes que apodreça

Devora-me, coma-me, antes que eu pereça

Vasculhe cada canto em minha profundeza

Repita-me antes que eu enlouqueça

Adentre em mim e se esqueça

Vontade de dar para você

Meu amor
pronto para ser devorado
paradinho ali na calçada
Poço de músculo sarado
barriga de tanquinho realçada

Imagino sua bunda durinha e suada
e a tentação do teu falo vara afiada
por você
eu desço de quatro a escadaria da penha
eu te decodifico a minha senha

Ai, coisa de outro mundo
alvoroço, indício , incômodo, profundo
Se você 
me  visse um desejo e eu tivesse coragem
era feito o galope da nossa viagem

 

Cuma'Lena

FOGO DOS INFERNOS

QUANTO MAIS VOCÊ NÃO CHEGA
QUANTO DOE O QUE O TEMPO PASSA
EU FICHO MACHA
RUMO À CACHAÇA
PENSO EM CARROS
RACHAS
E A MINHA RACHA
LATEJA, LATEJA, LATEJA
É O FOGO DOS MEUS INFERNOS 
É A GRUTA DOS MEUS MISTÉRIOS
QUE QUER DE VOCÊ ME GRUDA
ME USUFRUTA
E VOCÊ NÃO VEM
É POR VOCÊ MEU BEM
QUE ESTOU EM BAIXA
NA MINHA CAIXA
A MINHA RACHA
LATEJA, LATEJA, LATEJA 
 

Refastelo

Gracinha
Comeu
Queijo
Luar

Meu pai eterno

Ele me soprou no ouvido certo dia de manhã
Cuidado filho, já percebeu que você é meio adamado?
Foi o seu jeito de falar que para ele eu existia
Eu me senti no seu colo
E mais ele me surpreendeu
Tenha cuidado meu filho
Você precisa ser feliz
Velho Zé, meu pai, que vontade
Saudade eterna de te pegar nos braços
Eu me lembro com saudade das suas surras precisas
Eu me lembro com doçura a impaciência ao cuidar de você
Meu Grande E Maior Pai Querer
Minha misericórdia
Minha condição de dignidade e cidadania
Minha companhia encerrada
Encarnada, ao meu lado
Obrigado
Por eu ser esse homem danado
Que te cuidou e é cuidado.

tIRO AO ALVO

Beija quem esteja por perto

tiro ao alvo

no querer certo

N'África

Antig’ofício

Que sacrifício era aquele,  geente?.

Agente tinha que subir a escada

Agente tinha que encher a caixa d’água

Depois de ter carregado a água

Como faz um burro de carga.

Se quisesse muito sorvete

Se quisesse mais doce de marrom-glacê

Para comer

Que levasse água na cabeça

Para poder ter

A molecada ia as raias do delírio

Que alvoroço era aquilo

Meio dinheiro a ousadia

Cada balde à domicílio

Ia João,  ia Maria.

la  V  ação

laVação

Desse jeitinho

Voar
com gordura e tudo
asas
do meu sangue
minha cor
elemento químico
quimera
alquimia
mulher
como sempre já se sabia
cria da própria cria
seiva
mulher
é maravilha
batom carmesim
plaina
por ai
Pane
Benevolência
Sobrevivência
Toda subsequência 

Gravura paint Onofre e Rógeres

Doe em mim baby

Não quero mais saber de você Baby

Naquele dia

você não pensou no meu ridículo com os outros

Não contou se fazia frio lá fora

Nem parece que sabia que era tempestade

Você sabe quantas vezes eu ouvi

preciso acabar logo com isso por sua causa?

Ah, coração!

Doe em mim baby

Seu estado para pouca apreciação

Que pena que eu já não saiba mais cantar

Não se vá,  estou partindo porque sei

que você já não mais me ama pra você

Não é porque tenha te esquecido baby

é  que me lembro bem

o quanto você foi ruim

depois que não mais quis saber de mim