quando eu pedi para você parar de pensar que a cachaça fosse água você não ouviu
quanto mais eu mostrasse que cocaína e farinha é mera superficialidade você se entupiu
quanto mais eu falasse da vida como possibilidade para tudo você se sucumbiu
agora pede socorro e não tem mais jeito
agora não passa sua dor no peito
agora você não tem mais vontade de nada
nada te anima, nada te anuncia, nada te alucina
você abraçou coisas fortes só se contentando em ir fundo
você desceu ao fundo do poço e descoloriu seu mundo
e sobrevive mal porque nem o além te quer mais
o céu não te tem portas e o inferno se confinou em você
eu pedi incessantemente para você se recordar do discurso da década de 80
que iniciou chamando a gente para tudo baseado e com cuidado
mais você foi longe demais com o embalo de um rock and roll mais pesado
cozinhou as narinas, dilacerou suas veias e entorpeceu suas pernas
desafinou sua voz e delapidou todos os seus instrumentos
desencantou de todas as marias e ficou perambulando nas esquinas
feito chave de cadeia, bueiro de sarjeta, farrapo trapo da própria inconsistência
agora nem chorar você pode baby, porque você não pode se transportar
pois não existe nenhuma substancia nem substantivo em você
que não vai poder se fazer velho para voltar a ser criança
quanto eu te falei de amor você optou pela dor para ser sua companhia
ah baby, eu também estou sofrendo, sabe?
é muito triste e agonizante ter que sentir pena
não é deleitante ter que se constatar superior
mas eu não posso sair do meu controle e me desafinar dos meus propósitos
eu sou do interior e a cidade não se deslumbrou nas minhas veias
se tivéssemos grana para te tirar do esgoto ao menos para te poder fazer morto
te restituiria o mundo noutra moldura de caleidoscópio
mas você bebeu tudo, fumou tudo, cheirou tudo
estourou o som, ruiu a paz e esgotou o silêncio
você nunca quis se amar e não suportou o desamor do mundo
se atire ao mar sem me olhar para trás para que eu não vá junto
quanto mais eu mostrasse que cocaína e farinha é mera superficialidade você se entupiu
quanto mais eu falasse da vida como possibilidade para tudo você se sucumbiu
agora pede socorro e não tem mais jeito
agora não passa sua dor no peito
agora você não tem mais vontade de nada
nada te anima, nada te anuncia, nada te alucina
você abraçou coisas fortes só se contentando em ir fundo
você desceu ao fundo do poço e descoloriu seu mundo
e sobrevive mal porque nem o além te quer mais
o céu não te tem portas e o inferno se confinou em você
eu pedi incessantemente para você se recordar do discurso da década de 80
que iniciou chamando a gente para tudo baseado e com cuidado
mais você foi longe demais com o embalo de um rock and roll mais pesado
cozinhou as narinas, dilacerou suas veias e entorpeceu suas pernas
desafinou sua voz e delapidou todos os seus instrumentos
desencantou de todas as marias e ficou perambulando nas esquinas
feito chave de cadeia, bueiro de sarjeta, farrapo trapo da própria inconsistência
agora nem chorar você pode baby, porque você não pode se transportar
pois não existe nenhuma substancia nem substantivo em você
que não vai poder se fazer velho para voltar a ser criança
quanto eu te falei de amor você optou pela dor para ser sua companhia
ah baby, eu também estou sofrendo, sabe?
é muito triste e agonizante ter que sentir pena
não é deleitante ter que se constatar superior
mas eu não posso sair do meu controle e me desafinar dos meus propósitos
eu sou do interior e a cidade não se deslumbrou nas minhas veias
se tivéssemos grana para te tirar do esgoto ao menos para te poder fazer morto
te restituiria o mundo noutra moldura de caleidoscópio
mas você bebeu tudo, fumou tudo, cheirou tudo
estourou o som, ruiu a paz e esgotou o silêncio
você nunca quis se amar e não suportou o desamor do mundo
se atire ao mar sem me olhar para trás para que eu não vá junto
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