Deixei de precisar ser triste depois
que o meu amargor se condensou em chocolate
Na ponta do meu estado quase perfeito
de alegria
Está o meu menino, meu esposo, dormindo
tranquilo em nosso leito
A gente voou pelos ares até cair em
Buenos Aires
Sem saber se era tango ou rock and roll
Depois que a gente se embolou feito
cacau debaixo da pisada bruta
Nossa vidas ganharam mais sabor
Não nos apegamos mais a detalhes e nem
mesmo fazemos questão do sentido das coisas.
Tudo tem se resultado em nos buscarmos
um ao outro
Qualquer estrada produz o nosso
encontro
Nosso sabor meio amargo é todo o doce
da nossa alegria
Nesse café sem bobagens na esquina da
Santa Fé com Praça Sam Martin
Estamos leves como a gota do gás da
água em sua efervescência
Gracias! Deixei de prestar atenção em
torturas depois que aprendi a felicidade
A minha qualquer dor agora mescla com o
dulçor do teu bombom
Porque com você perdemos o tom das
coisas, seus nomes, seus significados
O desamor agora é escabrosamente
traduzido entre parafinas no nosso licor
Depois que as nossas almas todas se
ascenderam , passamos a decifrar
O curso das nossas vidas em torno de
nós mesmos. Somos alfajores
Com um super recheio que comporta tudo.
Somos felizes e mais nada
Andorinhas tresloucadas voltando para o
Brasil
Eu, meu benzinho, El caminito, tudo
todo colorido
Quem tem amor sabe o seu fim juntinho
coladinho dentro da gente mesmo
Tão novo tanto quanto velho como em
feira de San Telmo
A gente se casou e foi pras bandas de
Argentina
quase sentindo o prazer do doce torpor... licor, mel, amor, feliz ! lindo!
ResponderExcluircibeli passos
É que estávamos em estado de graça, Cibeli
ExcluirTão perfeito que efervecência nem precisou de 's'... Desculpe-me pela ousadia. Pretendo acompanhar atentamente suas poesias!
ResponderExcluirObrigado Joseph! Admirável a sua coragem. Sua ousadia somente soma positivamente. Vou corrigir isso já querendo contar contigo, se me permitir, quanto as minhas próximas desatenções. Muitíssimo grato!
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