terça-feira, 30 de setembro de 2014

Santo de Santoro



Neste momento
a poesia não está contende
resolveu voar
um seu nobre expoente
Olhe para o céu
que poema triste
olhe no meu peito
que sofrimento na gente
É silêncio no ar
na terra, poeira e engasgo
o mar provavelmente agitado
Eltomar, Eltomar
Passou, passará
E pra sempre há de ficar.
Canto e Pranto
Santoro Santo
É fogo, é fogo
Quem o tempo
Não vai apagar


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Prosseguir

só me serve seguir se for amando
de janeiro a dezembro
entra e sai  ano, sigo cantando
sirvo, me sirvo
rezo orações sem letras
energizo louvando a terra
crente no milagre das sementes
atento as faces
das pessoas que me são boas
a felicidade em mim repousa
tão logo aprendi o amor
desposo com o meu marido
meu companheiro bom, meu sentido
e também circulo por ai de déu em déu
entre um e outro bom amigo
se é verdade que a vida é feita de agonias
segue melhor quem entoa boas sinfonias
sofre pior quem não dorme esperando
porque até o ômega
não existe razão de ser
se não for viver sonhando



terça-feira, 23 de setembro de 2014

Dadivosa



sou maria sem vergonha
no jardim da sua seara
quem desvenda meu desejo
assassina minha vontade
assinando meu prazer
sob o inox do seu aço
me reviro e me refaço
em minha cama nossa zona
me oferto marafona
você faz por merecer
meu escracho por você


self service


E aí dom?


David? morrera assassinado!
Tive notícias
de que fora aniquilado
pela gang
quem mandou ele gostar
de bangbang

Ele  e a boca de fumo
Presumo David socialite
Rua 20, Major Prates
Com Chiquinho Guimarães
quando se troca pão por crack
por mais que a vida amargue

Figurinha sex symbol
Do parque municipal
Loirinho e espigado
style cara de pau, David
cafajeste sensual
agora in memoriam

Fico imaginando David
E o designer do seu funeral
Caixão de quinta
numero as gatas
corpo comprido
demais esquálido
pouca massa, sem gordura

Em David o que sobressaia
era pênis longo
duro, grosso e tenro
descansas sem paz o  rapaz
nunca mais roubarás
a pujança de donzelas

Nem mais tênis
Nem seu sossego
David sobrevivera a tudo
feito cão chupando manga
Não vais cedo
Vivo eras perigo
Morto não metes medo


sábado, 20 de setembro de 2014

Café forte


Eu tento dormir
mas sem você
os carneiros não saltam a cerca
inútil relaxar
sem ter com quem ter
sem nem o que contar


Eu tento te esquecer
mas sua ausência
é você com o pé no meu saco
seu lobo velho, macabro
animal abutre, tacanho
traz de volta meu rebanho



sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Panequito


Mané das couves,
agora vou a forra.
Sei que a maioria dos homens
exercitam a maldade
de devorar a gente
e espalhar para a cidade

Eu estava tão intensa
mesclada em alfazema
com almiscar selvagem,
aplicada na arte das amantes,
para ouvir de você
nunca  ter te acontecido antes

Mané das couves, gente,
galera, geleia geral,
é como qualquer homem,
não ultrapassa o normal.
Vira um chato de galocha
quando a coisa fica brocha

 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Rolae por nós

Eu quero
o que com ferro fere
quem fere com ferro
confere que será comido
não duvido que seja comigo
se é quem me fere
que com ferro abrigo
laminado entrante
entranha adiante
quem com ferro fere
é que se quer ferido
glorioso ferro
de se ser fundido
se só já se ferve
por ter te esquecido
ousado seja o dedo
indicador amigo
cutuque a ferro
o cu do desmilinguido
desperte teu marido
que sem ferro é febre
sem fazer sentido
se não rolar rola
nada mais se fere
e será mais sofrido




Infernito


Delírio! naquele dia a praça
Doutor Carlos  se confeitou de céu
não, não era natal
nem pensar que houvesse estrela
foi  eu te ver passar
o que me fez desandar

eu segui seus passos firmes
em meio a palpitação
e fiquei sambando em febre
ardido no meu tesão
ai vontade louca de ser seu
de te dar ali mesmo tudinho de mim

minhas pernas que nunca foram firmes
arrearam feito pudim
você acendeu os meus faróis
com seu perfume exalando 
impregnando e fulminando
com pressão meu baixo ventre


"Você é luz, é raio, estrela e luar"
a praça virou céu de eu ficar no ar
te imaginando, me iludindo
besta e fera e sem ação
eu quero cruzar com você
que se dane a multidão


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Obrigado

Reservei este post apenas para agradecer a todos
que curtem minha poesia
que odeiam a minha poesia
tem gente que diz gostar
tem gente que diz abominar
tem gente que fala que é leve
tem gente que diz que é pesada
tem gente que lê realmente
tem gente que mente que lê
eu quero agradecer
agradecer, agradecer
e continuar escrevendo para você

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Desprendimento




Bem,
se a questão
é a calcinha relaxada
desate o nó
deixai que caia
e vá sem nada
já é meia viagem dada



terça-feira, 9 de setembro de 2014

Pinga, pinça e põe



Quica, quenga
quica, quenga
pinga, pinça e põe
pinga, pinça e põe
Pinga, pinça e põe
é fofo, é fogo
é fogo de bater bolas
rebola
e pinga
e quica
e de quatro cai
de gruta
aflita, atenta
quica, quenga
e senta, pinça
e põe a benga

Quica quenga

 
Se você me quisesse Genivaldo
sentiria meu cheiro dobrado
Ai, deixa-me entregue a piração das minhas vontades
Por puro, puro o nosso entretenimento
Eu, antes do nosso estrondo

te merejarei  minhas águas fêmeas
me farei de toda santa
ao passo dos meus ensaios
para ser sua vespa
nos ásperos ferrões das minhas tetas
para lhe ser quieta na mais ardente gueixa
do jeito que sonho todo dia
habitar sua fantasia 
de me  ter puta e vadia.

Boas ligações entre o útero e o agradável



Ai,
Ai amor
ai, vai,
vai, vai,vai
põe tudo,
põe tudo amor,
põe tudo,
põe tudo,
põe tudo
que você tem em meu nome

Isso, assim
assim, assim
assina o cheque amor!



sábado, 6 de setembro de 2014

Top Ébano



Você vai ser meu
tá decretado em meu desejo
que juntos teremos festa
Pouco importa se quer
tanto faz se quiser não
missa de corpo presente
ou pura compenetração
Meu tesão e sua faceta
você me deita, rala e rola
ou eu te traço na punheta

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

De mulher pra você

mulher
que sempre soube
seu querer
sabe agora
acontecer
sem se conter
quer ver
lilás o seu prazer

Deixai as moças
suaves
ou chocantes
mariposas
de recato
ou provocantes
convexas ou
velcros colantes 


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Subsistência


logo cedo se aprende
as boas intenções
povoam os infernos
os anjos do bem
povoam os céus
acima das nossas cabeças
samambaias entrelaçam
constantes voos das asas
sempre depois de amanhã

deixa-me entregue
a minha ardência
quero cães
quero santos
meu esotérico estoicismo
não me conceda dentes
para me comer
o que tenho em mente
é muito mais indecente